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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

EDUCAÇÃO AMBIENTAL, RESIGINIFICANDO SABERES NO CAMPO: UMA EXPERIÊNCA VIVÊNCIADA NA ESCOLA AMBIENTAL FRANCISCO CARIBÉ E REPLICADA NA ESCOLA MARY SAMPAIO CAPARICA


O Movimento Pró-Desenvolvimento Comunitário, é uma organização não governamental fundado em 1987, com a missão de atender crianças, adolescentes, jovens e seus familiares em suas necessidades de saúde, educação, assistência social, protagonismo juvenil e educação ambiental. No ano 2000, para cumprir sua missão criou a escola ambiental Francisco Caribé com o objetivo de ser um espaço de estudo sobre educação ambiental, servir como referência em ambientação e vivência para escolas públicas, principalmente as do campo e promover ações voltadas à educação ambiental e temas congêneres. Hoje a escola conta com uma área de um hectare e meio de terra dividido da seguinte forma, área de roçado, pomar, horta, ervas medicinais e pequenas áreas de culturas permanentes denominadas de cantinhos verde, sendo implantado também uma área para criação de aves, Centro de reciclagem Okyra, também no mesmo espaço, tem uma prática de reciclagem de papel desde 1992 e oferta oficinas de reciclagem de papel para as escolas visitantes.
O Caribé é uma escola não formal, onde seu funcionamento acontece de forma aberta para toda e qualquer escola, grupos sociais, pesquisadores da área entre outros. A ideia é que seja disseminadas experiências pelos grupos que desejam vivenciar hábitos e costumes ambientais que ao longo dos anos foram perdidos, e com isso o “bem viver” tem sido prejudicado, os seus ensinamentos de respeitar toda forma de vida, gratidão, preservação dos recursos naturais. Fazendo um dialogo sobre a educação ambiental nos dias atuais cria-se um ambiente de reflexão e prática da nossa missão com a natureza. 
O Caribé é uma escola não formal, onde seu funcionamento acontece de forma aberta para toda e qualquer escola, grupos sociais, pesquisadores da área entre outros. A ideia é que seja disseminadas experiências pelos grupos que desejam vivenciar hábitos e costumes ambientais que ao longo dos anos foram perdidos, e com isso o “bem viver” tem sido prejudicado, os seus ensinamentos de respeitar toda forma de vida, gratidão, preservação dos recursos naturais. Fazendo um dialogo sobre a educação ambiental nos dias atuais cria-se um ambiente de reflexão e prática da nossa missão com a natureza. 

Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999).

A metodologia para vivências é participativa e envolve a todos, no primeiro momento na sala de interação é apresentada a história do Movimento Pró Desenvolvimento Comunitário e seu conjunto de atividades e em especial a escola Caribé, no segundo momento o grupo é dividido em dois e um vai para a Okyra vivenciar a reciclagem de papel e outro permanece no espaço para uma aula teórica de educação ambiental, no terceiro momento os grupos trocam de espaços para que todos vivenciem os dois momentos, no quarto momento os dois grupos juntam-se para socializar as vivências e a partir daí assumem o compromisso de propagar novos hábitos, e por fim uma caminhada pelo entorno da escola onde são apresentadas as plantas e sua importância para o solo e para o meio ambiente, reforçamos a importância do reaproveitamento de materiais e diminuição do consumo, o que tem ocasionado bastante lixo nas áreas rurais, as fontes de água e a cobertura morta (pó de serra) presente. Tem causado uma beleza rústica e reflexão sobre a preservação do solo, e por fim as plantas ornamentais como forma de embelezamento e revestimento do solo e permanência da umidade. O trabalho desenvolvido pela Escola Ambiental Francisco Caribé justifica-se na necessidade de refletir a importância de uma educação ambiental sensibilizadora e efetiva presumindo uma tomada de consciência que possam alcançar um equilíbrio ambiental entre o homem e a natureza. A realidade atual exige uma reflexão linear construindo uma relação com as práticas coletivas que criam identidades e valores comuns, numa perspectiva de diálogo com que cada sujeito entende por meio ambiente. Além, desta ação voltada para as escolas, tem-se acompanhado um grupo de mulheres das ruas próximas da escola ambiental, estas mulheres são oriundas do campo e guardam em suas raízes tradições da agricultura e encontram na escola uma forma de vivenciar estas tradições realizando atividades como cuidados com o espaço, ambientação, arborização, plantações, higienização e alimentação aos pequenos animais. Após vários anos de ações desenvolvidas pela escola, este ano implantamos na Escola Rural Mary Sampaio situada no Povoado Bonifácio em Palmeira dos Índios, um espaço de reciclagem de papel, uma horta e um herbário como propagação da nossa metodologia e como estratégia para aprofundar o conhecimento dos conteúdos da educação do campo e da educação ambiental no meio escolar. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao concluirmos este artigo, foi possível identificar várias questões relacionadas à metodologia, principalmente à importância de registrar, sistematizar e socializar experiências vivenciadas na escola ambiental Francisco Caribé. O campo tem se mostrado como um grande potencial para pesquisas e tem nos estimulado a priorizar ações que venham a fortalecer outras escolas. Acreditamos em uma educação protagonizadora, onde o dia-a-dia dos seus educandos sejam valorizados. Esperamos que este artigo estimule a realização de outras experiências e amplie essa atuação orientada pela educação do campo de maneira contextualizada.

Bruna Fernandes da Silva
Salete Barbosa de Oliveira